Pedia para que cala-se.
Pensou ter enlouquecido.
Ás vezes acreditava saber quem [ou o que] era...
Ás vezes pensava que fossem, apenas, um.
Já não lembrava mais como se conheceram.
Já não conseguia desvincular-se do outro.
Teve sua vida dominada e sentiu, assim, que estava perdendo sua essência.
Queria que a deixasse.
Os olhos fundo denunciavam a noite mal dormida.Aquilo a atormentava.Ouvia o eco do seu erro.Sobre a mesinha de cabeceira, o celular vibrava. Não queria atendê-lo. Não podia ouvir sua voz . Mas, insanamente, necessitava vê-lo, de novo. "Alô?" Ficou em silêncio. "Clara?Sei que é você!" Não podia falar. "Está bem! Eu só quero dizer que ... que ... que te ... que sinto muito" E a ligação termina. Como podia insistir em ignorar o fato? Os olhos agora choram. Sua ausência corroía-lhe o peito. Não conseguia deixá-lo ir. Como a atraía com tanta força? Por que não conseguia afastar-se desse pernicioso amor? Paixão que fazia perecer. "Corre!" Mandava sua razão. Suas vidas se entrelaçaram. Fugia. Enlouquecera. Foi quando notou que já não sabia quem era quem.
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