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"Verbalizo minha dor em versos mudos"
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Busco nas palavras o sentido do eu não dito...

Ah!, se aquele idiota ainda vivesse

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Odeio toda essa retórica.
Agora dizem que sou querido [?]
Não perceberam que estão sendo patéticos?
Para mim, se assemelham a animais.
Sim!Parecem cavalos,cachorros,vacas...
Olha!,que linda gatinha veio me fazer um afago.
Pena que já não sinto essas pequenas mãos e que não posso retribuir tal carinho...
Lá vem àquelas galinhas,com suas vozes irritantes.
Calem-se!
Deixem-me descansar em paz.
Aliás,descanso fora o que nunca me deram.
Vermes!
Tentaram viver minha vida e, agora, atormentam até em minha morte.
Sujos!
Mentem até sobre meu corpo.
Por isso prefiro a sinceridade dos demônios que afligiram-me enquanto vivo.
Prefiro a solidão do meu túmulo, a ouvir que tens para falar.
Desejo, avidamente, que enterrem meu corpo,logo.
Que me esqueçam.
Vão!
Sumam!
Deixem-me apodrecer.
Permitam que esse idiota,ao menos, morra se precisar lembrar-se de suas mazelas...
Saiam!
Saiam!

Rascunhado por Carol Avlis às terça-feira, novembro 02, 2010    

2 comentários:

Malu Marc disse...

CArol!!! ficou mto mto mto bom mesmo!!

3 de novembro de 2010 às 11:32  
José Anchieta disse...

Esplêndido! Um abraço

3 de novembro de 2010 às 12:10  

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