Não que tenha sido uma escolha errada, mas, talvez, não a tenha feito no momento certo. Talvez fosse meu coração pedindo, apenas, que desse, quem sabe, a chance de experenciar a grandeza de algum sentimento. Ou fosse, então, uma necessidade de um ego já tão doente e machucado. E a sensação que tenho é de que esteja enterrado. Não sei se vivo ou morto, mas está enterrado. Só espero que não queira, um dia, exumar o corpo.
É, a vida será sempre essa busca por algo maior. Corrida que faz exaurir nossas forças. Por vezes, se faz vã. Vez em quando, acertamos o passo. É lugar de tropeços e, com muita sorte, não haverá quedas. Aonde tudo vem e vai, quase nada, realmente, fica. É estação onde não há hora marcada. É exílio em que exalamos, a sós, tudo aquilo que somos. Sonho pueril, carregado de uma inocência nem sempre evidente. É, por vezes, palavra não dita. É ser o que nem sempre se é. É estar sempre preso a alguma coisa, mesmo que seja à liberdade. Busca por sentido mesmo sem haver sentido. Desejo ardente, cheio de conteúdos a serem resolvidos. É via de vários sentidos. Mentira contada com sinceridade. Jogo sem placar em que o vencedor é aquele que sai com poucas marcas. Sãos sobre o papel em branco com vontade de escrever que, um dia, receberam de ti o mesmo amor que lhe foi dado, sem reservas.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Rascunhado por Carol Avlis às quarta-feira, dezembro 21, 2011
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