Ali estava aquele corpo frio, exalando o mínimo de vida. A respiração fraca, os batimentos descompassados, os olhos sem brilho, suando água e sangue. Tratava-se de homicídio doloso. Bom, a morte ainda não acontecera de fato, mas era um perigo eminente. Seu acre sabor já podia ser sentido. Vez e outra, ouvia-se seu choro em meio a uma prece feita pausadamente. Talvez a vida já findara a muito, mas estava tão extasiada que não se dera conta. Agora era questão de tempo até que o último suspiro seja dado. Causa da, não concretizada, morte? Amor culposo, que é quando não se tem a intenção de amar. É um mal que aflinge várias almas e que se encarrega de destruir, sem mais delongas, o coração da vítima. Suas cicatrizes? Jamais serão apagadas. Amor mal resolvido é algo que se paga em pequenas prestações. Quando se é acometido [por ele], quase que não dá para evadir. Pois bem, ainda há um rumor baixo e confuso, mas vida... já não se vê [claramente]. Quem nunca morreu por alguém?
Dissonante
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Rascunhado por Carol Avlis às terça-feira, novembro 29, 2011
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