Já não tinha pra onde fugir. Era como se corresse sem sair do lugar. Precisava conhecer àquilo que não lhe permitia sair dali. Saber quais as grades o prendiam. Avidamente, anseava libertar-se. Os olhos, absortos, pareciam nada enxergar. Tinha a sensação de que, seus sonhos, já não os tinha mais. De que não valia a pena buscar tudo o que, um dia, desejara. A boca já não se fazia tão eloquoente. Nada ouvia. Buscava com vontade um caminho, uma forma de distanciar-se de tal realidade. Ora, talvez fosse ele mesmo sua maior prisão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário