Com os olhos desejosos, observava o horizonte.
Travara, então, uma conversa com o pôr do sol, com o vento, com a noite que começava ...
E, com o silêncio de seus interlocutores, acabara por discorrer de forma egocêntrica.
Eles a escutavam com aparente interesse.
De repente, uma voz, sutil, fala-lhe:
"Oi. Quanto tempo, amiga!"
Não a reconhecia.
Mas era tão reconfortante.
E, mesmo cheia de temor, decidiu ouví-la.
E aumentava.
Transformara-se em, quase, um grito.
"Calma! O que teme?"
Como poderia saber?
E que voz acolhedora.
Onde se escondera por tanto tempo?
Sabia, apenas, que era dela que precisava ...
Singular
terça-feira, 22 de março de 2011
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Caleidoscópio
quinta-feira, 17 de março de 2011
Sempre desejara alcançar tamanha satisfação.
Se deleitava em imaginar momento tão prazeroso.
Perdia-se naquele obstinado pensamento.
As emoções se misturavam.
Anseava, com sofreguidão, viver.
Avidamente, buscava.
Entregava-se à insanidade dos seus instintos.
Prendia-se à grandeza de sua liberdade.
Auspiciosa solidão.
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Rendição
terça-feira, 15 de março de 2011
O vento e o cheiro da terra molhada eram prelúdio da chuva que se formava.
Já podia senitr as gotas molharem-lhe os cabelos e tocarem-lhe a face.
Logo, cai o primeiro pingo.
Enquanto correm, continuava,ela, ali, com os olhos fechados.
Perto dali, a vida também passava lentamente, para ele.
Pareciam estar na mesma cadencia.
Não se conheciam.
Porém, suas almas comunicavam-se.
Frágil ligação.
Docemente se encontravam.
Se entregam.
Viviam ...
Rascunhado por Carol Avlis às terça-feira, março 15, 2011 0 comentários
Marcadores: E foi assim que a caneta se apaixonou pelo lápis