Pereço de tanto amor...
Ainda choro a ausência daquele que não me deixou.
Busco,ardorosamente,tê-lo em mim.
Não consigo decifrar as intenções em seu olhar.
Passivamente, assisto minha solidão.
Meu grito parece inaudível.
Minh´alma já não se encontra em mim.
Quase enlouqueço frente a essa insidiosa paixão.
Vejo-me vassalo desse pernicioso sentimento.
Corre coração!
Verbalizo minha dor em versos mudos.
Mantenho-no em meus sonhos.
Dono dos meus pensamentos,dá-me sua existência.
Permita-me respirar de sua essência.
Insana,entrego-me inteiramente a ti.
Deixo em suas mãos o que já não me pertence mais.
Desfaleço em seus braços.
Dou-lhe todo o meu ser,
pois já não vivo mais [em mim].
Amor e dor e palavras ...
sábado, 26 de junho de 2010
Rascunhado por Carol Avlis às sábado, junho 26, 2010 4 comentários
um crime perfeito (?)
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Suicidar = 1. Dar a morte a si mesmo. 2. Arruinar-se por culpa de si mesmo.[Fonte:Dic. Michaelis]
Sentia o vento em seu rosto e bagunçando os cabelos.
A face, gelada, já não possuía expressão.
Com os olhos fechados, passou a pensar no que é a vida e em que se baseia.
Relembrou momentos que deixara a felicidade passar.
Tentava imaginar como chegara a essa[estranha]situação.
Seus pés já não tocavam o chão e, por isso, não podia fugir da ocasião.
E,antes de encontrar respostas, embateu com as pedras,apagando,assim,qualquer evidência do seu assassino.
Rascunhado por Carol Avlis às segunda-feira, junho 14, 2010 1 comentários
E se...
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Jogavam conversa fora ,rindo dos fatos atípicos e até constrangedores.De repente,sugeriu,ele,brincarem de "E se...".Delicadamente,ela afirmou com a cabeça e sorriu. Iniciando o "jogo",disse:
-E se ... contasse que és o primeiro rapaz que beijei? - essa nunca havia contado.
-E se ... -disse ele - dissesse que tranquei a faculdade? - uma pausa para discussão.
E,assim,continuaram por mais trinta minutos.
O silêncio enfim chegara. Passaram a respirar apenas a existência do outro.Palavras já não se faziam necessárias. As mãos sobrepostas foram substituídas por um carinhoso abraço. E ali permaneceram por incontáveis horas.
Todavia,como num susto,o silêncio fora quebrado. Fizera,então,questão de olhar nos olhos da amada.
-E se...
Colocando a mão no bolso do casaco de moleton,retirou uma caixinha azul. Abriu-a lentamente e continuou a falar:
-E se te pedisse em casamento?
Seu rosto iluminara ao vê-la sorrindo.Porém,com a face molhada pelas lágrimas,completou,após instantes calada.
-E se disse que estou morrendo?
Seu semblante mudara e,como se não acreditasse,pediu para que repetisse.
-Tenho câncer e já não possuo chances de cura.
A alegria deu lugar ao desespero.O silêncio retornou e olhares se perderam.
Angustiado ,levantou e correu,deixando sobre o banco a caixinha . Tomando-a nas mãos,em soluços,ela a abriu.Fitou o anel dourado com uma pedrinha brilhante. Levando-o para perto dos olhos,leu o que fora gravado nele: "Amor eterno".
Sentiu alguém aproximar-se. Enquanto guardava o anel,olhou para cima e encontrou seu amado observando-a.
Ele,então,abaixou-se e,depois,ajoelhou.Tomou o anel e,segurando a mão dela,respirou fundo e disse,sorrindo:
-E se decidisse que seremos felizes?
Rascunhado por Carol Avlis às quinta-feira, junho 10, 2010 0 comentários
Já não mais amor
sábado, 5 de junho de 2010
Amava-o com ardor,como se [ele] fosse seu último amante.
Sentia-se presa àqueles olhos que transbordavam de prazer.
Parecia necessitar ter [para sempre] àqueles lábios que faziam o coração extremesser ao ser beijada.
Via naquele homem alguém para toda vida.
Sentia-se amada e segura em seu abraço.
Fazia [ele] esquecer-se da sua realidade, na qual o teria por pouco tempo, que era [para ele] apenas corpo e não alma, e não coração, e não mulher...
Apegou-se àquele cheiro,gosto,gesto...
Encontrara alguém que a fez bem,sentir,amar...
Desesperava, então,ao pensar de que, por ele, não poderia apaixonar-se, que, assim, era privada dos mais nobres sentimentos e chorou...
Derramou sob ele a mais amarga lágrima de uma amante sem amor, de uma mulher sem valor, de um coração endurecido pelas desventuras e decepções, de uma vida de poucas paixões...
Entristeceu ao ver que ,de novo, ficaria só.
Sentia e sabia, de certa forma, que jamais tornaria a vê-lo.
Saudades e nostalgia inundaram seu ser e o esperava, mesmo sabendo que não passava de um desejo utópico.
Pensou em abandonar-se naquele abraço, entregando-se ardentemente àquele [súbito] amor [e desejo].
Nos olhos[dele] vira uma razão para ser e ,avidamente, aspirou sua existência, fazendo os pulmões inundarem do mais agradável perfume.
E, ainda vivendo essa mentira sinceramente contada, via ser presenteada, pela vida, com mais uma ferida...
Via, após ter seu corpo possuído pela luxúria, ele vestir-se novamente e ,com frieza, jogar o dinheiro sobre a mesinha ao lado da cama .
Observou-o olhar-se no espelho e ajeitar as roupas.
E com um aceno rápido, despediu-se dela, ficando, a meretriz, sozinha e sem amor.
Rascunhado por Carol Avlis às sábado, junho 05, 2010 1 comentários