Jogavam conversa fora ,rindo dos fatos atípicos e até constrangedores.De repente,sugeriu,ele,brincarem de "E se...".Delicadamente,ela afirmou com a cabeça e sorriu. Iniciando o "jogo",disse:
-E se ... contasse que és o primeiro rapaz que beijei? - essa nunca havia contado.
-E se ... -disse ele - dissesse que tranquei a faculdade? - uma pausa para discussão.
E,assim,continuaram por mais trinta minutos.
O silêncio enfim chegara. Passaram a respirar apenas a existência do outro.Palavras já não se faziam necessárias. As mãos sobrepostas foram substituídas por um carinhoso abraço. E ali permaneceram por incontáveis horas.
Todavia,como num susto,o silêncio fora quebrado. Fizera,então,questão de olhar nos olhos da amada.
-E se...
Colocando a mão no bolso do casaco de moleton,retirou uma caixinha azul. Abriu-a lentamente e continuou a falar:
-E se te pedisse em casamento?
Seu rosto iluminara ao vê-la sorrindo.Porém,com a face molhada pelas lágrimas,completou,após instantes calada.
-E se disse que estou morrendo?
Seu semblante mudara e,como se não acreditasse,pediu para que repetisse.
-Tenho câncer e já não possuo chances de cura.
A alegria deu lugar ao desespero.O silêncio retornou e olhares se perderam.
Angustiado ,levantou e correu,deixando sobre o banco a caixinha . Tomando-a nas mãos,em soluços,ela a abriu.Fitou o anel dourado com uma pedrinha brilhante. Levando-o para perto dos olhos,leu o que fora gravado nele: "Amor eterno".
Sentiu alguém aproximar-se. Enquanto guardava o anel,olhou para cima e encontrou seu amado observando-a.
Ele,então,abaixou-se e,depois,ajoelhou.Tomou o anel e,segurando a mão dela,respirou fundo e disse,sorrindo:
-E se decidisse que seremos felizes?
E se...
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Rascunhado por Carol Avlis às quinta-feira, junho 10, 2010
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