Amava-o com ardor,como se [ele] fosse seu último amante.
Sentia-se presa àqueles olhos que transbordavam de prazer.
Parecia necessitar ter [para sempre] àqueles lábios que faziam o coração extremesser ao ser beijada.
Via naquele homem alguém para toda vida.
Sentia-se amada e segura em seu abraço.
Fazia [ele] esquecer-se da sua realidade, na qual o teria por pouco tempo, que era [para ele] apenas corpo e não alma, e não coração, e não mulher...
Apegou-se àquele cheiro,gosto,gesto...
Encontrara alguém que a fez bem,sentir,amar...
Desesperava, então,ao pensar de que, por ele, não poderia apaixonar-se, que, assim, era privada dos mais nobres sentimentos e chorou...
Derramou sob ele a mais amarga lágrima de uma amante sem amor, de uma mulher sem valor, de um coração endurecido pelas desventuras e decepções, de uma vida de poucas paixões...
Entristeceu ao ver que ,de novo, ficaria só.
Sentia e sabia, de certa forma, que jamais tornaria a vê-lo.
Saudades e nostalgia inundaram seu ser e o esperava, mesmo sabendo que não passava de um desejo utópico.
Pensou em abandonar-se naquele abraço, entregando-se ardentemente àquele [súbito] amor [e desejo].
Nos olhos[dele] vira uma razão para ser e ,avidamente, aspirou sua existência, fazendo os pulmões inundarem do mais agradável perfume.
E, ainda vivendo essa mentira sinceramente contada, via ser presenteada, pela vida, com mais uma ferida...
Via, após ter seu corpo possuído pela luxúria, ele vestir-se novamente e ,com frieza, jogar o dinheiro sobre a mesinha ao lado da cama .
Observou-o olhar-se no espelho e ajeitar as roupas.
E com um aceno rápido, despediu-se dela, ficando, a meretriz, sozinha e sem amor.
Já não mais amor
sábado, 5 de junho de 2010
Rascunhado por Carol Avlis às sábado, junho 05, 2010
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1 comentários:
cara esse texto eh melhor q o outro *-*
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