Sabe?! Certo dia, decidi que veria as coisas com outros olhos, mas não no sentido literal. De um modo diferente, entende? Humn... como? Então, não sei, ainda...
Estava cansada. Via sempre as coisas cerceadas pela janela. Tudo era finito.
Uma vez, com o transito parado, olhei para fora e lá estava ela. Paralisado, com o olhar absorto. Coloquei-me, então, a observá-lo. Tinha um sorriso doce nos lábios. Os cabelos eram castanhos, o que realçavam a pele alva e as poucas sardas. Transpirava liberdade. Mas o via tão distante. Fechei, então, os olhos e sorvi um pouco daquele ar já tão poluído com a pressa e com a mediocridade das relações humanas. Aspirei-o como se, assim, fosse trazê-lo para dentro, inundando meus pulmões com tão livre e único momento. Abri os olhos e já não o vi mais. Os carros avançaram e eu já estava longe. Virei para frente e voltei ao meu mundo.
Sentir em estado bruto
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Rascunhado por Carol Avlis às terça-feira, setembro 06, 2011
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