Os ponteiros do relógio pareciam emperrados. As horas não passavam. Via pernas caminhando com pressa. Mãos realizando seus trabalhos com agilidade. Mas o tempo... Ah! Esse rastejava.
Talvez precisasse de um momento para ele. Algo que o permitisse fazer tudo à sua maneira. Enquanto corpos se transformavam em vultos. E não enxergavam que suas vidas escorriam sem serem verdadeiramente desfrutadas.
Sábio é esse tal de tempo. Deleitava-se com cada instante, esmiuçando todas suas possibilidades. Degustava o que lhe era oferecido, de forma a distinguir e memorizar cada sabor. Os cheiros também eram percebidos. Assim como tonalidades e timbres e vibrações...
Ora, essa me parece uma maneira inteligente de se apanhar à felicidade quando ela passar.
Ao tempo
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Rascunhado por Carol Avlis às sexta-feira, outubro 11, 2013 0 comentários
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