Os ponteiros do relógio pareciam emperrados. As horas não passavam. Via pernas caminhando com pressa. Mãos realizando seus trabalhos com agilidade. Mas o tempo... Ah! Esse rastejava.
Talvez precisasse de um momento para ele. Algo que o permitisse fazer tudo à sua maneira. Enquanto corpos se transformavam em vultos. E não enxergavam que suas vidas escorriam sem serem verdadeiramente desfrutadas.
Sábio é esse tal de tempo. Deleitava-se com cada instante, esmiuçando todas suas possibilidades. Degustava o que lhe era oferecido, de forma a distinguir e memorizar cada sabor. Os cheiros também eram percebidos. Assim como tonalidades e timbres e vibrações...
Ora, essa me parece uma maneira inteligente de se apanhar à felicidade quando ela passar.
Ao tempo
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Rascunhado por Carol Avlis às sexta-feira, outubro 11, 2013 0 comentários
Abandono
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
O brilho já não era mais visto em seus olhos. Perderam o viço ao vê-lo partir.Ou terá sido antes?
Há muito não sentia seu calor. Suas mãos já não a procuravam. Ao anoitecer, via seu corpo só. O vazio passou a ser sua companhia. A felicidade escorreu por entre os dedos, como de gota em gotan e em seus lábioa jaziam as palavras de amor .
Um gosto amargo subia-lhe à boca. Ah! Como desejava ouvir seu susurro; a respiração ofegante durante o sono agitado; o jeito que mexia com as mãos ao contar-lhe uma história e como levantava as sobrancelhas ao relembrar os fatos.
Sentia falta dos sorrisos delicados e da forma com que a vida lhe soava mais leve. Mas, agora, doia-lhe a alma. Voltava-se ao nada e revivia o erro que cometera.
Sabia que não devia ter entregue todo seu ser.
Rascunhado por Carol Avlis às quarta-feira, setembro 04, 2013 0 comentários
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Nos olhos, um brilho diferente. Ninguém parecia enxergar a maravilha que, ali, acontecia. Um grito, inaudito, ecoava em seu coração. Palavras não cabiam naquilo que anseava dizer. Decidiu, então, manter em segredo. Porém, felicidade jamais fica escondida por muito tempo, e, cantando à capela e sozinha, Sofia a deixa escapar em uma gargalhada.
Rascunhado por Carol Avlis às sexta-feira, maio 03, 2013 0 comentários
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