Aquele corpo já não lhe apetecia mais. Não conseguia ver o mesmo brilho em seus olhos. Sua respiração, pausada, quase não era sentida. A mão gelada já denunciava o pouco de vida que lhe restava. O coração, descompassado, esquecera a antiga cadência. Vozes eram sussurradas. Já sentiam que era chegada a hora. Preocupavam-se com o que precisavam fazer. Viam, ali, sonhos se esvaindo junto daquele restinho de vida. Foi nesse instante que decidiram libertarem-no de si.
Pedantes!
Pensaram que podiam ser Deus. Macularam àquele corpo sem manchas. Esqueceram que, mesmo quase imperciptível, ainda havia vida. Ignoraram àquela existência e entregaram-na à morte. Cercearam-no do direito de responder por si. Agora são corpos tão sem vida quanto àquele.
Pedantes!
Pensaram que podiam ser Deus. Macularam àquele corpo sem manchas. Esqueceram que, mesmo quase imperciptível, ainda havia vida. Ignoraram àquela existência e entregaram-na à morte. Cercearam-no do direito de responder por si. Agora são corpos tão sem vida quanto àquele.
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