Tinha 5 anos quando a conheceu. Lembrava dos pequenos dedos em sua mãozinha um pouco gordinha. Dos olhos castanhos bem abertos e aquele sorriso doce. Das sardas que se espalhavam sobre o nariz e bochechas. Ah, Lisa! Mas, quando completara 10 anos, não a viu na festa. Não mais se encontraram.
Logo veio a primeira namorada, mas não o primeiro amor. Ainda pensava em Lisa. Os sonhos continuaram e a morte levou sua noiva pelas mãos. Perdeu-se. Sentou-se diante do mar. A maresia sempre o fazia bem. De repente, sentiu alguém se aproximar.
- Oi, senti saudades!
Era Lisa, que já não possuía mais a ternura e inocência no olhar, mas que tinha o mesmo cheiro. Abraçou-a como se pudesse colocá-la dentro de si. Olhou-a terna e amorosamente. Beijou-lhe a face e, dessa vez, disseram apenas até logo.
- Alô? Adivinha quem voltou!
O que não esperava era a reação que tivera ao ouvir a notícia.
- Lisa voltou?
Houve um longo silêncio.
-Mas... isso não é maravilhoso, mãe?
- Bom... não é quando Lisa não existe.
Depende dos olhos que veem
terça-feira, 31 de maio de 2011
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sábado, 28 de maio de 2011
"Calar-se e sorrir.
Não compreendia o porque continuava se enganando"
Carol Avlis
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Impar
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Talvez não acreditasse em deus. Ou ,talvez, não tinha ninguém,ou,essa, era sua oração. De qualquer forma, caminhava,acompanhado pela sua música. Ora, quem precisa falar se têm uma gaita? A melodia o levava e, assim, não andava sozinho.
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