Os ponteiros do relógio pareciam emperrados. As horas não passavam. Via pernas caminhando com pressa. Mãos realizando seus trabalhos com agilidade. Mas o tempo... Ah! Esse rastejava.
Talvez precisasse de um momento para ele. Algo que o permitisse fazer tudo à sua maneira. Enquanto corpos se transformavam em vultos. E não enxergavam que suas vidas escorriam sem serem verdadeiramente desfrutadas.
Sábio é esse tal de tempo. Deleitava-se com cada instante, esmiuçando todas suas possibilidades. Degustava o que lhe era oferecido, de forma a distinguir e memorizar cada sabor. Os cheiros também eram percebidos. Assim como tonalidades e timbres e vibrações...
Ora, essa me parece uma maneira inteligente de se apanhar à felicidade quando ela passar.
Ao tempo
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
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Abandono
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
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sexta-feira, 3 de maio de 2013
Nos olhos, um brilho diferente. Ninguém parecia enxergar a maravilha que, ali, acontecia. Um grito, inaudito, ecoava em seu coração. Palavras não cabiam naquilo que anseava dizer. Decidiu, então, manter em segredo. Porém, felicidade jamais fica escondida por muito tempo, e, cantando à capela e sozinha, Sofia a deixa escapar em uma gargalhada.
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quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Ria sem querer.
Intensamente o amava.
Tinha certeza que sonhara com ele.
Os seus olhos faziam-na estremecer.
Nada, agora, poderia acabar com sua felicidade.
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Por um fio ...
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Pedantes!
Pensaram que podiam ser Deus. Macularam àquele corpo sem manchas. Esqueceram que, mesmo quase imperciptível, ainda havia vida. Ignoraram àquela existência e entregaram-na à morte. Cercearam-no do direito de responder por si. Agora são corpos tão sem vida quanto àquele.
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De repente ...
terça-feira, 20 de março de 2012
ConforMara-se com a ideia de que, talvez, não o teria por perto.
POrém, passou a enxergar a coisas de outra maneira, sobre outra perspectiva.
E, assim, pode peRceber que estava mais próximo do que imaginara.
Quando os olhos não veem, é preciso buscar no coração.
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Âmago
sexta-feira, 9 de março de 2012
Já não tinha pra onde fugir. Era como se corresse sem sair do lugar. Precisava conhecer àquilo que não lhe permitia sair dali. Saber quais as grades o prendiam. Avidamente, anseava libertar-se. Os olhos, absortos, pareciam nada enxergar. Tinha a sensação de que, seus sonhos, já não os tinha mais. De que não valia a pena buscar tudo o que, um dia, desejara. A boca já não se fazia tão eloquoente. Nada ouvia. Buscava com vontade um caminho, uma forma de distanciar-se de tal realidade. Ora, talvez fosse ele mesmo sua maior prisão.
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